segunda-feira, 19 de novembro de 2012

[RESENHA] Não Há Silêncio Que Não Termine - Ingrid Betancourt

"Filha de uma tradicional família colombiana, educada na Europa, Ingrid Betancourt
resolveu abandonar a segurança de uma vida confortável para dedicar-se aos problemas de seu conturbado país.
Elegendo-se sucessivamente deputada e senadora, Ingrid fundou em 1998 o partido
Oxigênio Verde, com o objetivo de trazer novas esperanças à política colombiana, marcada pela violência sectária e pela corrupção.
Interessada em promover o diálogo entre as diversas facções da guerra civil que há décadas dilacera a Colômbia, a jovem senadora resolveu em 2001 lançar sua candidatura às eleições presidenciais.
No ano seguinte, durante uma viagem de campanha ao único município governado por um prefeito de seu partido, a candidata - então mal colocada nas pesquisas - foi sequestrada por um comando das Farc, junto com diversos assessores e seguranças, num episódio até hoje mal explicado. Levada para o interior da selva em inúmeras viagens de barco, caminhão e marchas a pé, Ingrid se viu repentinamente desligada do convívio dos amigos e da família, isolada do mundo exterior em meio a guerrilheiros fortemente armados.
A autora de Não há silêncio que não termine passaria mais de seis anos em poder das Farc. Sua visível agonia, documentada por cartas e “provas de vida” em vídeo, bem como sua libertação numa célebre e cinematográfica operação do Exército colombiano, em 2008, chamaria novamente as atenções do mundo para o conflito que
atualmente ameaça a paz no continente sul-americano. Este livro é o relato contundente de sua experiência como prisioneira da guerrilha narcotraficante, em
meio à fome, à doença e às humilhantes condições impostas pelos sequestradores.
Os momentos mais dramáticos de sua longa crônica de desventuras certamente são as desesperadas tentativas de fuga.
Decidida a recuperar sua liberdade a qualquer custo, Ingrid tentou escapar diversas vezes, sendo invariavelmente recapturada pela guerrilha, faminta e perdida na selva.
Obrigada ao convívio quase permanente com os companheiros de sequestro, a autora relembra a rotina tensa do cativeiro, em que a posição de um colchão ou uma suspeita de favorecimento na distribuição de comida geravam desentendimentos
por vezes violentos. Ingrid revisita os diversos acampamentos, mais ou menos provisórios, em que foi mantida prisioneira, associando-os às figuras sinistras dos diversos captores e carcereiros que fizeram parte de seu cotidiano ao longo dos
anos. A vítima retrata seus algozes sem rancor, descrevendo-os em sua miséria política e humana. O bem-sucedido fim do sequestro, em julho de 2008, encerra o livro num tom de cautelosa esperança, dedicado à preocupante situação dos reféns
ainda em poder das Farc."

O livro de não ficção de Ingrid Betancourt me foi indicado por uma amiga e, segundo ela, é o melhor livro que ela já leu. Na mesma hora, corri para a livraria, comprei e comecer e lê-lo. 

Ingrid Betancourt foi uma candidata à presidência da Colômbia e, em uma viagem de campanha foi sequestrada pelas FARC, junto com seus assessores e levada para o meio de uma selva, onde ficou em cativeiro durante 7 (SETE) anos! 
No livro, ela conta seus dias de cativeiro, desde como foi sequestrada, até o dia em que foi libertada. Ingrid tentou escapar por diversas vezes, mas sempre era capturada de volta e, pior, com castigos. Viveu em meio à fome, doenças, péssimas condições de sobrevivência. O único meio de contato que tinha com seus familiares eram os vídeos que seus detentores a obrigavam a fazer para mostrar que estava viva. As amizades que Ingrid fez no cativeiro nos mostra que não importa onde e em que circunstâncias, as pessoas continuam tendo fé e força pra enfrentar o que quer que seja.

A história nos prende, pois ficamos pasmos com as crueldades vividas e pior, por saber que não se trata de mera ficção. 

Ingrid pronta para fazer um de seus vídeos aos seus familiares.


Ingrid e sua mãe, no momento em que foi libertada.


Vale a pena, não é tão pesado como parece. O único problema que eu encontrei nesse livro foram os momentos em que a história fica "parada"... parece que ela quer detalhar muita coisa que não precisávamos saber. 

Enfim, o livro é fascinante. Com certeza indicaria para aqueles que preferem as histórias de não ficção.

✩✩✩✩ - Muito Bom.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário